O mundo após a pandemia: como as empresas vão se adaptar?
O ano de 2020 apresentou diversos desafios, entre eles, um evento que deve ser tornar um marco na nossa história: a Covid-19. O surto da doença atingiu o mundo todo, impondo um regime de distanciamento e uma série de restrições nunca antes vivenciadas na sociedade contemporânea.
Enquanto cientistas e governos articulam como serão as campanhas de vacinação para que a vida retome sua normalidade, é impossível não se perguntar como será o mundo após a pandemia que trouxe modificações tão profundas.
Em meio a transformações sociais e individuais intensas, em que grande parte das pessoas começou a questionar e rever seus relacionamentos, hábitos, estilos de vida e prioridades, empresas também foram pressionadas a mudar e adaptar seus processos e sistemas para continuar funcionando. Muitos negócios encontraram espaço para prosperar, enquanto outros sofreram.
Independentemente do desfecho da pandemia, uma coisa é certa: a sociedade nunca mais será como antes e as alterações serão irreversíveis. Como seu negócio pode se posicionar a partir de agora para aproveitar boas oportunidades?
Neste post, você vai conferir tendências e impactos para o mundo pós-pandemia e ter insights sobre como se adequar para a nova marcha que seguiremos. Continue a leitura para saber mais!
Sumário
A nova rotina imposta pela pandemia
Muito mais do que precisar incorporar o uso da máscara protetora no dia a dia, a Covid-19 fez com que indivíduos encarassem suas prioridades, rotinas e demandas de uma forma diferente. Sendo assim, a perspectiva é de grandes mudanças no comportamento humano no mundo após a pandemia.
Atividades que estavam em curso, mas muitas ainda em um ritmo embrionário, foram catapultadas com a pandemia. A maior parte delas está ligada à tecnologia e a tarefas remotas, sejam elas para o trabalho, sejam para lazer, estudo ou consumo. Pessoas que eram resistentes a realizar compras online ou cursos à distância começaram a incorporar essas práticas em sua rotina e a tendência é que continuem a fazer isso no cenário pós-Covid-19.
As tendências de comportamento após a pandemia
Uma vez passada a crise, dificilmente a vida voltará a ser exatamente como antes. Além das transformações na economia e na política, a sociedade como todo foi compelida a examinar suas crenças mais profundas, adaptarse ao novo cenário e revisar comportamentos e atitudes.
Conheça, a seguir, as principais tendências de comportamento que nortearão os planos para as empresas no mundo após a pandemia.
Diminuição do consumo compulsivo
A pandemia do coronavírus expôs as fragilidades do sistema capitalista e do consumo desenfreado. De fato, a crise financeira e o aumento do desemprego colaboraram para que indivíduos começassem a repensar seus comportamentos de consumo, contudo, a questão central toca em um ponto mais fundo.
Quando a vida e a integridade estão em jogo, pessoas passam a reconsiderar fortemente suas prioridades e costumes. Tudo que não é essencial perde seu valor e o pensamento minimalista está em ascensão.
No mais, é importante ressaltar que o olhar do consumidor também está mais atento em relação a marcas que se preocupam com o impacto ambiental e com a saúde dos seus colaboradores.
Maior foco em saúde e bem-estar
Assuntos sérios, como a crise sanitária que o surto de coronavírus revelou, contribuíram para que a população repensasse hábitos de saúde, higiene e bem-estar. Nesse sentido, por conta do distanciamento, a tecnologia aliada à medicina é uma grande tendência.
A telemedicina começou a ser amplamente usada durante a pandemia para garantir o atendimento e a realização de consultas mesmo à distância e evitar que as pessoas saíssem de casa e se aglomerassem em clínicas e hospitais.
Nesse contexto, startups ligadas à saúde, as healthtechs, tiveram alto destaque e as oportunidades foram muitas para o setor. Atendimento via chatbot, gestão de equipes médicas remotas, mapeamento epidemiológico e atendimento psicológico são alguns exemplos de soluções disruptivas que elas proporcionaram.
Aumento do uso da internet como meio de compra
Sem dúvidas, a pandemia contribuiu para fortalecer enormemente o e-commerce. Marcas que ainda não tinham uma página na internet precisaram correr para estruturar uma estratégia virtual, a fim de realizar vendas.
Apesar de o comércio essencial ter continuado aberto durante todo o tempo, grande parte das vendas foi feita online, sobretudo, nos primeiros meses de isolamento. Nesse caminho, um número expressivo de pessoas incorporaram o costume de consumir pela internet, mesmo quem não tinha o hábito. Por isso, tudo leva a crer que a cultura digital first se fortaleça.
Proliferação de nômades digitais
Impactos sociais foram significativos. O distanciamento social também estimulou que muitos passassem a refletir sobre suas moradias e qualidade de vida. Assim, aumentou a busca por sustentabilidade, um estilo de vida mais equilibrado.
Com muitas empresas implementando o sistema home office, muitas pessoas optaram por deixar os grandes centros, ocasionando um verdadeiro êxodo urbano. Só no estado de São Paulo, as buscas por imóveis nas cidades do interior cresceram 340%, uma vez que o distanciamento já estava bem estabelecido.
Com a estruturação do trabalho remoto, é provável que exista uma proliferação de nômades digitais, pessoas que adotarão o estilo de vida de morar em diferentes regiões ou longe dos escritórios.
O impacto das novas rotinas para as empresas
Diante de tantas mudanças, é impensável que empresas considerem retomar as rotinas da mesma forma como era antes. O mundo após a pandemia será outro. Logo, um processo de adaptação será necessário, tanto para manter o engajamento interno quanto para oferecer produtos e serviços mais conectados com as novas demandas dos clientes.
Assim, em primeiro lugar, companhias que restabelecerão atividades presenciais precisarão adequar seus espaços às normas sanitárias para proteger suas equipes e clientes e evitar contaminações, tanto do coronavírus quanto de outras doenças.
Um ponto importante é o alinhamento das operações do negócio com o mundo virtual. A transformação digital se faz mais do que obrigatória para assegurar que a empresa seja capaz de deixar seu serviço mais acessível, automatizado e ultraconectado.
Não somente o comércio, mas a demanda por cursos, entretenimento e todo tipo de atendimento online tende a se consolidar. Os empreendimentos precisam estar preparados e investir na gestão 4.0 para oferecer a experiência fluida e sem fricção que o consumidor moderno quer.
Por fim, um aspecto notável é que o home office veio para ficar nas empresas. Se antes ele era visto como um benefício ou algo praticado por companhias “moderninhas”, agora ele será um diferencial determinante para reter e atrair talentos, além de proporcionar qualidade de vida para os colaboradores que não pretendem mais se aglomerar em meios de transporte, perder tempo no trânsito ou ficar longe da família.
Apesar de ainda não termos superado o desafio da Covid-19, os impactos deixados pelo coronavírus já revolucionaram a vida das pessoas de modo definitivo. Tudo leva a crer que o mundo após a pandemia abra caminhos para uma grande transição de hábitos e cenários. Metodologias de trabalho inovadoras, poder do digital e soluções remotas são apenas exemplos de muitas tendências que empresas precisarão ter em mente para se adaptar aos novos tempos.
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