Como aplicar modelos de liderança em startups? Entenda!
Organizações são definidas como uma reunião de de recursos orientados para a produção de bens e serviços de maneira eficiente e eficaz. Já a administração é, justamente, a condução racional dessa organização para que seus objetivos sejam atingidos.
Sendo assim, o papel dos modelos de liderança adotado é fundamental para o bom andamento de qualquer negócio, sejam eles empresas consolidadas ou startups.
O objetivo deste artigo é apresentar quais são os principais modelos de liderança existentes, quais são os mais utilizados em startups, e como extrair o melhor de cada um para atingir o sucesso das operações e das metas da empresa. Quer saber mais? Então, continue a leitura!
Sumário
Quais modelos de liderança existem?
Antes de conhecermos um pouco mais sobre os modelos existentes, é importante reforçarmos sobre a que a liderança se refere. Podemos afirmar que liderar é orientar, ou melhor, influenciar indivíduos para um propósito comum a ser alcançado como grupo.
Dessa forma, fica fácil compreender a relevância do papel dos líderes para a gestão de pessoas nas empresas, pois é por meio dele que os objetivos estratégicos traçados podem ser materializados em resultados. Nesse sentido, liderar também se relaciona a direcionar e exercer autoridade.
Portanto, é papel do líder estipular quais serão as metas e os prazos da equipe, estabelecendo qual o melhor caminho a ser tomado. Também é importante saber como comunicar as decisões de maneira eficiente, a fim de que todos estejam alinhados no mesmo propósito.
Além disso, é preciso que o líder saiba delegar funções, garantir a harmonia entre os membros do grupo e mantê-los motivados ao que foi proposto. Assim, a depender da forma como os líderes conduzem a equipe e lidam com cada desafio, podemos caracterizar certos estilos de liderança mais comuns, como autoritário, democrático, participativo e delegativo.
O que são os estilos de liderança?
As diferentes formas como um líder desempenha o seu papel podem ser caracterizadas em diferentes modelos de liderança. Cada um desses estilos se refere às estratégias preferenciais que o líder utiliza para conseguir alinhar os objetivos, motivar o comportamento e se comunicar com o grupo.
Confira mais sobre como esses estilos trabalham na prática, a seguir.
Liderança autoritária
A liderança autoritária é marcada pela centralização das decisões no gestor e o cumprimento de processos bem estabelecidos. Nela, espera-se que o time ou a equipe de trabalho execute apenas o que foi determinado, com o foco total em resultado e eficiência.
Esse estilo de liderança, geralmente, é mal visto pelas pessoas, porém, ao contrário do senso comum, esse modelo é muito útil e funcional em determinados tipos de organizações, como as instituições públicas, policiais, militares e médicas. O fator-chave desse modelo é a natureza técnica das atividades que são desempenhadas nesses ambientes.
Em órgãos públicos, por exemplo, a base para a conduta de um colaborador é o cumprimento da legislação vigente e a obediência aos princípios da administração pública, como legalidade, eficiência, impessoalidade etc. Nas organizações policiais e militares, a hierarquia, a disciplina e a linha de comando são determinantes para a finalidade das suas ações.
De igual modo, em hospitais, há pouco espaço para criatividade, inovação e liberdade. Afinal, a maioria dos procedimentos adotados são estipulados por meio de protocolos e métodos de ação bem definidos.
Liderança democrática
A liderança democrática é tida como um meio termo entre os modelos de liderança autoritário e delegativo. O que caracteriza esse estilo são as contribuições que as equipes podem realizar aos projetos de diferentes departamentos da empresa.
Normalmente, as decisões conjuntas formadas pela opinião majoritária são as que definem todo o método de trabalho, desde o fluxo de atividades até as características de um produto. O bom clima organizacional decorrente da satisfação da equipe com a valorização da sua participação está entre as vantagens desse modelo.
O potencial criativo conjunto também é outro benefício que pode levar a decisões mais certeiras, que contribuem para a criação de vantagens competitivas. Contudo, é preciso prestar atenção a possíveis desvantagens, como a perda do controle do que é executado pela equipe, a demora para a tomada de novas decisões e a redução do poder de influência do líder da equipe.
Liderança participativa
A liderança participativa também preza pela cooperação dos colaboradores, porém, de forma mais consultiva, e não totalmente decisiva. Na liderança democrática, cada indivíduo contribui para que uma decisão coletiva seja tomada. Assim, a decisão da maioria é estabelecida em determinado tema.
Já na liderança participativa, o processo de tomada de decisões passa pela consulta das pessoas envolvidas, mas não necessariamente elas determinam qual a decisão final. Os benefícios são semelhantes aos da liderança democrática, pois também favorecem um bom clima organizacional e o aproveitamento da criatividade coletiva.
Liderança delegativa
Esse modelo de liderança é considerado o antônimo da liderança autoritária. Na liderança delegativa, o líder assume um papel mais liberal, em que as intervenções são apenas pontuais ou completamente inexistentes.
Diferentemente do estilo autoritário, marcado pela centralização, hierarquia e cumprimento de tarefas específicas, o estilo liberal tem como atividade principal delegar tarefas e atribuições, deixando a cargo da própria equipe decidir quais os meios, métodos e recursos serão utilizados para cumprir determinada tarefa ou objetivo.
O modelo delegativo é muito eficaz para grupos de profissionais altamente capacitados, que são motivados pela liberdade de atuação. Um ponto que precisa de atenção do líder é saber delinear quais os parâmetros para avaliar e cobrar resultados sem causar ingerências.
Quais são os modelos de liderança mais utilizados em startups?
Startups têm um tipo de operação peculiar, no qual um grupo de pessoas trabalha em ambientes de extrema incerteza, buscando encontrar um modelo de negócio que possa ser repetível e escalável. Isso, por sua vez, influencia diretamente o estilo de liderança adotado devido à própria natureza inovadora e disruptiva das startups.
Os modelos de liderança mais utilizados nesse tipo de organização exigem que o líder tenha a capacidade de dar respostas rápidas ao mercado, e também usufrua de flexibilidade para contornar mudanças abruptas de cenários. Esse ambiente incerto deixa pouco espaço para burocracias e estruturas mais rígidas e centralizadas de trabalho, que podem acabar engessando os processos.
Portanto, modelos autoritários tendem a ser menos comuns em startups. Porém, modelos de liderança participativos, por demandarem o envolvimento de muitas pessoas, também podem reduzir a velocidade de ação da startup. Da mesma forma, os modelos de delegativos podem não ser interessantes em startups iniciais, compostas apenas por sócios fundadores.
Nessa fase da startup é preciso que todos os sócios estejam abertos a assumir funções diversas, se for necessário, independentemente da delegação de tarefas inicial.
Como extrair o melhor de cada um?
Como observamos ao longo do texto, o papel da liderança e os seus possíveis estilos influenciam diretamente os resultados operacionais, financeiros, humanos, mercadológicos e estratégicos de uma organização. Isso é ainda mais perceptível em empresas em desenvolvimento, como as startups, que exigem um nível de velocidade e resiliência muito maior.
Entendemos, também, que cada modelo de liderança tem prós e contras, que podem ser muito bem aproveitados, conforme o momento e os cenários se desenrolam. A liderança situacional é outro exemplo desse modo de agir. Nesse modelo, o fator ambiental é a chave determinante para a forma como o líder atua.
No desenvolvimento de novos produtos, por exemplo, adotar uma postura mais participativa contribui para o enriquecimento do projeto com insights relevantes da equipe. Adotar o estilo democrático ao definir políticas sobre recompensas e remuneração por desempenho dos colaboradores pode ser interessante para o engajamento.
Outro exemplo é adotar um estilo mais centralizador (autoritário) ao tomar decisões de cunho estratégico em mercados cujo conhecimento técnico específico para análise e tomada de decisões tenham um peso maior.
Por fim, cabe ressaltar que os diferentes modelos de liderança são capazes de gerar benefícios às startups. Cabe ao líder a responsabilidade de discernir qual o melhor método de cada modelo para enfrentar as situações diárias e saber lidar com os diferentes tipos de colaboradores da melhor forma possível.
Independentemente do modelo adotado, o bom líder é aquele que promove o fit cultural entre os colaboradores e a empresa. Assim, torna-se uma referência ao inspirar e motivar toda a equipe a aplicar a sua máxima performance.
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