Conheça os principais tipos de investimentos para startups
Para tirar uma ideia do papel ou dar um salto e tracionar seu negócio, um empreendedor precisa de recursos financeiros. Para isso, existem vários tipos de investimentos no mercado voltados para startups, que são empresas em uma fase inicial de crescimento.
Todavia, isso não quer dizer que uma startup deve buscar qualquer um dos modelos disponíveis. Por vezes, um empresário pode cometer o erro de mirar em uma categoria que não é adequada para a realidade da sua marca. É preciso considerar uma série de aspectos, por exemplo, que startups em diferentes fases de amadurecimento passam por rodadas de investimento distintas.
Pensando nisso, preparamos este post para você tirar suas dúvidas e ficar informado sobre o assunto. Assim, você descobre os truques e o caminho certo para levantar o dinheiro necessário para tornar seu sonho realidade. Aproveite a leitura!
Sumário
O que são rodadas de investimento?
Quando está projetando seu negócio, um empreendedor precisa de recursos para levar sua startup adiante. Nesse estágio tão embrionário e incerto, é comum receberem investimentos de risco, que geralmente partem de parentes e amigos.
Com o tempo, o ciclo de vida de uma startup (lifecycle) se constrói em camadas, por meio das rodadas de investimento. Logo, quanto mais adiantada for sua etapa de desenvolvimento, maiores são as chances de atrair acionistas profissionais e um aporte mais expressivo.
No mercado globalizado, essas rodadas são chamadas de Series e seguem alguns parâmetros. Conheça as 4 principais fases:
Series Seed
Também chamada de Investimento Semente, a Series Seed atende startups que estão dando seus passos iniciais e precisam de capital para construir as bases, contratar os primeiros funcionários, se formalizar e produzir. É comum que as somas cheguem até 2 milhões de dólares.
Logo, o empreendedor já sabe qual a solução que ele deseja oferecer e mapeou seu público-alvo e o dinheiro investido o ajudará a validar suas hipóteses e seu modelo de negócio.
Series A
Empreendimentos que tem um produto e um mercado mais consolidado, e também que já aprenderam lições com as primeiras vendas e aperfeiçoaram seus planos de negócio, devem procurar por investimentos da Rodada Série A (Series A Round). Esse tipo de capital — que varia entre 2 até 20 milhões de dólares — será usado para ações como:
- escalonar o produto;
- refinar ou ajustar a solução;
- otimizar etapas como logística e fabricação.
Series B
Nesse momento, vemos aplicações que podem atingir dezenas de milhões de dólares. O montante é voltado para alavancar um negócio por meio de, por exemplo:
- criação de novos setores;
- expansão de mercado;
- aquisição de outras empresas;
- maximização das áreas de marketing e vendas;
- entre outros.
Series C
A partir deste ponto, o foco é em estruturar e fortalecer a startup, permitindo que ela continue acelerando suas operações como na Series B. O empresário pode, inclusive, iniciar um processo de internacionalização ou apurar suas estratégias para dominar um determinado nicho, ampliar o portfólio de produtos etc.
CEOs de startups devem obter o máximo de informação sobre os tipos de investimentos e rodadas para explorar bem o potencial de cada negociação. Se informar sobre os detalhes e as boas práticas desse mercado é fundamental para garantir que, de fato, um investidor se interesse e se disponha ajudar a transformar seu sonho em realidade. Sem recursos, fica difícil assegurar o amadurecimento do negócio para que ele se torne competitivo e sustentável.
Quais são os tipos de investimentos para startups mais comuns?
Agora que você sabe como funcionam as rodadas, conheça os tipos de investimento que aparecem nas diferentes fases:
Bootstrapping
Basicamente, esse é um dos primeiros tipos de investimentos que uma startup recebe, que, na maior parte das vezes, vem do bolso do próprio empreendedor e de seus sócios ou parceiros. Após a ignição do negócio eles podem buscar uma fonte maior de capital.
Investimentos-anjo
São pessoas físicas que têm dinheiro — e um certo know-how — para apoiarem empresas as quais eles enxergam um potencial, com expectativa de alto retorno financeiro. Esse é um dos tipos de investimentos mais procurados por negócios incipientes. A palavra “anjo” implica que o investidor também vai atuar como conselheiro e mentor, devido a sua experiência, para elevar as chances de sucesso do empreendimento.
Capital semente
Comum nas Series Seed, são fundos pensados para startups em um estágio de concepção, no qual nada ainda foi lançado no mercado. Diferentemente do investidor-anjo, nesse modelo, um grupo de investidores aplica em conjunto, o que permite uma operação com valores maiores e com risco reduzido. O intuito é lucrar com o crescimento da jovem empresa no médio ou longo prazo.
Aceleração de startups
Aceleradoras são instituições que oferecem suporte financeiro para startups se desenvolverem rapidamente. São disponibilizados alguns serviços por um período específico como:
- consultoria e mentoria;
- treinamentos;
- aproximação com parceiros em potencial;
- ajuda com networking e aquisição de clientes.
Em compensação, elas recebem uma participação acionária, que pode atingir no máximo 20%.
Incubadoras
São corporações ou projetos que existem justamente para fomentar a criação de micro e pequenas empresas. Como na analogia com o dispositivo neonatal, elas dão todo o respaldo nos estágios básicos até que o empreendimento consiga andar por conta própria. Logo, é oferecido auxílio com educação, montagem do plano de negócios, técnicas de apresentação etc.
Venture capital
É uma forma de investir em startups por meio da compra de uma parcela minoritária do capital. Também chamado de Capital de Risco, o propósito é ter ações valorizadas no médio ou longo prazo.
Venture building
Trata-se de uma modalidade que pretende mesclar elementos comuns de incubadoras, aceleradoras e do venture capital. Nesse sentido, estendem tanto apoio estratégico como financeiro para consolidação de um negócio robusto. Em contrapartida, podem exigir uma participação substanciosa de até 80% do capital.
Initial Public Offering (IPO)
Em português, a sigla IPO significa Oferta Pública Inicial, que acontece quando uma empresa capta dinheiro na bolsa vendendo suas ações. Isso possibilita que ela atraia grandes somas e até mesmo se expanda para outros países. Essa abordagem é recomendada para startups que tem um tamanho e estrutura grandes o suficiente para lidar com a complexidade e os riscos dessa operação.
Agora que você conheceu as rodadas e os tipos de investimentos existentes, já sabe como fazer as melhores escolhas para sua startup e se certificar de que ela terá o aporte adequado para cada momento de sua trajetória. Assim, ela vai evoluir de forma estruturada, sem tropeços!
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